Pesquisar

MULHERES PMS SOFREM ASSÉDIO E HUMILHAÇÃO.

Território de machos, a PM de Sergipe dá indicativos de não estar preparada para receber mulheres na tropa e tem gerado para policiais femininas constrangimentos. Estes constrangimentos vão desde a exposição delas a uma infraestrutura comum a homens e mulheres, como banheiros e alojamentos, e passam pelo extremo dos assédios sexual e moral. Há casos em que as jovens, casadas ou solteiras, são cantadas por oficiais e terminam punidas com transferências para pontos distantes do Estado por não cederem. Uma policial relata o caso de uma amiga que foi trabalhar no Quartel do Comando Geral e ali sofreu assédios.  “Um coronel a chamou para sair.  Ela disse que era casada e ele respondeu que não tinha problema. Ela disse que ele se respeitasse e se retirou da sala. Dias depois recebeu a informação de que seria trans­ ferida para Propriá”, revela. “Já cheguei a dormir no corredor da Companhia ou dentro do almoxarifado porque só tinha homem no alojamento”, admite uma Pfem. “Elas podem trabalhar junto com os homens, mas precisam de locais reservados para sua assepsia. Já houve casos na corporação de policiais femininas que passam por constrangimentos por ter de dormir junto com homens ou utilizar os mesmos banheiros”, diz Jorge Vieira, gestor da Caixa Beneficente. “Essas informações sobre preconceito são abstratas. Não possuem   fundamento palpável”, nega o capitão Robson Donato, da Comunicação Social da PM.

 

DATA: 01 A 07 DE NOVEMBRO DE 2010 | CINFORM ANO 28 EDIÇÃO 1438