A morte da CB Marina no último dia 19, candidata que sonhava em ingressar em um curso operacional, nos convida a uma profunda reflexão sobre a necessidade de revisão dos protocolos para aplicação do Teste de Aptidão Física (TAF). É fundamental que os níveis de exigência estejam alinhados com as demandas reais da função a ser desempenhada.
Os testes devem ser criteriosos o suficiente para selecionar os mais preparados, mas dentro de parâmetros pautados em estudos científicos que garantam segurança e preservem a saúde dos candidatos, evitando a imposição de esforços extremos que coloquem suas vidas em risco.
Defendemos a adoção de índices diferenciados entre os gêneros, respeitando as particularidades biológicas de cada sexo. Mas o mais importante é que os processos de seleção sejam seguros e justos para todos. O objetivo deve ser encontrar candidatos e candidatas que se destaquem pela competência e preparo, sem exigir que provem ser super-humanos. A seleção deve ser um caminho de realização e superação consciente, não uma barreira que coloque vidas em perigo.
Recentemente, a Lei Ordinária Estadual 9.537/24, sancionada em 9 de setembro de 2024, estabeleceu normas para a realização dos TAFs em concursos públicos no âmbito do estado de Sergipe.
Precisamos ampliar as discussões para estabelecer parâmetros exequíveis, acompanhando índices da média nacional. A ASIMUSEP, comprometida com a defesa dos interesses de suas associadas e com a saúde dos operadores de segurança pública, fará encaminhamentos ao secretário de segurança pública do estado.
Nosso objetivo é que sejam adotadas medidas cautelares que normatizem os testes físicos, evitando novos casos com efeito sequelas/morte.